Não consigo evitar esse ímpeto de registrar alguns pensamentos da maneira como eles me vêm à mente. Isso é muito gostoso e acho que todos deveriam tentar. Não se trata se "ser cool bancando o David Lynch", mas é uma forma gostosa de escrever, acompanhar e, de quando em quando, revisar a nossa (r)evolução.
Em meados do final de 2006 e começo de 2007 (precisamente no carnaval de 2007, na verdade) eu vivenciei algumas coisas engraçadas, para as quais eu não dei muita atenção, então. Hoje já vejo com outros olhos. Na época, estas vivências me faziam voltar a alimentar um pensamento que, por muito tempo, durante a minha adolescência, eu sempre tive e preguei. Algo que pode ser descrito da seguinte forma: não há nada melhor do que um bom prato de feijão com arroz, bife e batata frita. A vida insistentemente nos lança pratos obscenos, de tão apetitosos que são. Lasagnas das mais engordativas, escargots dos de origem mais duvidosa, frituras deliciosamente entupidoras de artérias. Mas o PF... é insubstituível.
Por muito tempo eu me esqueci disso. De tempos em tempos, eu paro para olhar tudo e todos e recordo-me dessa importante sabedoria. Recentemente, eu voltei a lembrar de quem eu fui na adolescência, e de como era bom manter-me fiel ao PF e saber que, independente de quem eu fosse, independente de quem eu encontrasse no meu caminho, independente do rumo que meu dia-a-dia tomaria, eu nunca esqueceria o valor de um PF - atando-me sempre a quem também reconhecesse este valor e nunca o esquecesse.
Eu havia esquecido.
Mas já estou me lembrando de novo. Não por conta própria, óbvio. Sempre tem uma boa alma a nos estapear durante os nossos maiores devaneios. Mas estou lembrando. E mudando.
Nunca se esqueçam da importância de um PF. É uma de tantas posturas que pessoas conscientes de si mesmas e dos outros sempre precisam ter. Feijão, arroz, bife e batata frita. O resto é gostoso, mas é dispensável. Precisa ser.
Nothing matters except life and the love you make
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