Fico aqui comigo pensando....
Passar por constantes mudanças, conquistas, perdas, sentimentos e sensações bastante instintivas... são coisas que deveriam me inspirar a escrever aqui.
Mas porque não me inspiram?
Houve um tempo em que, sim, eu era inspirado. Creio que na época em que eu criei o blog. Não sei se pelo fato de naquela época eu ter exorcizado uma imensidade de demônios, talvez fosse mais fácil e terapêutico escrever. Hoje não quero exorcizar nada. Pelo contrário, quero guardar tudo o que tenho a 7 chaves e cuidar com cera e brilho do meu castelo. E para isso, não vejo necessidade em externar escrevendo, não vejo qualquer razão em compartilhar, e adoro não precisar disso. Daí cheguei à infeliz conclusão que isso faz de mim alguém que só compartilha abertamente o que há de ruim, só compartilha abertamente as crises mais genéricas e aleatórias. Alegrias ou crises mais profundas eu sempre deixo para mim, meus amores e próximos. Não é uma questão de desrespeito, de desconfiança, e menos ainda de repressão. É uma questão de me sentir tremendamente mais a vontade assim mesmo.
Isso é ruim?
Não sei, mas sei que é gostoso pacas, e me poupa de alguns papéis ridículos e de uma prestação de contas que será cobrada de mim depois, sem a menor dúvida. Há personagens incríveis fora do meu circo, pelos quais eu tenho todo o respeito do mundo, mas nada é mais confortável do que apenas um palhaço, uma mulher-barbada, um engolidor de espadas e um malabarista. Fica mais divertido.
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