Impulso? Eu?

É inevitável que tornemos nossas vidas verdadeiras novelas.

As nossas e as dos outros. Sim, porque, a partir do momento em que eu passo a viver numa novela, eu aproximo os outros da minha trama, e me aproximo da trama alheia também. Vira um samba do crioulo doido televisivo que rende histórias e histórias. São tantos cross overs, tantos indivíduos diferentes que somos e que observamos...

Quem conhece meu personagem?
Você?
Eu?
Meu personagem hoje é o mesmo de amanhã?
Posso passar a interpretar o vilão?
Posso passar a interpretar o mocinho?

Posso. E é uma delícia. That's how it's supposed to be, isn't it?
Life in technicolor.
Ao menos a minha não é uma novela mexicana, não é mesmo? rsrs. É uma espécie de Soap Opera americana misturada a Os Trapalhões ou coisa assim...

É algo estranho.
Mas puro entretenimento, garanto. Com pitadas de cenas de choro emocionantes, momentos assustadores, contos de superação... e cenas de sexo proibidas para menores, pois preciso manter a audiência (e a audiência gosta de sexo, todo mundo sabe).