sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Ironias, descasos e portas escancaradas.

Até onde podemos culpar a criação pelas nossas incapacidades? Se eu disser que eu tive contato com algumas coisas básicas da vida só lá pelos 18, 20, 25 anos, pelo fato de serem coisas comuns a muitas pessoas mas talvez não comuns aos meus pais e à minha família, vocês acreditam?

Bater na porta, por exemplo.

Nunca ninguém bateu na porta em casa. Quando estou em outra casa, respeito esse costume, mas absorvi na minha própria casa a mania de entrar feito um vendaval no quarto dos outros (coisa que meus pais e irmãos sempre fizeram no meu).

Esse é um exemplo bobo, mas tem diversas outras coisas, algumas bem subjetivas até. Questões de como tratar as pessoas, como conversar com os outros... E de exemplo bobo em exemplo bobo se constrói um caráter, um perfil. Bom ou ruim.

É estranho, a esta altura da vida, a gente notar que traços que pareciam tão comuns durante a nossa infância são, na verdade, defeitos. São os defeitos mais difíceis de se corrigir.

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