quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

"auto-conflitos" são saudáveis quando justificados


Há alguns tempos atrás eu reprimia duramente um amigo meu, em decorrência de uma atitude que ele havia tomado. Meses depois, eu estava fazendo o mesmo.

Há alguns tempos atrás, eu era "referência" pra alguns. Meses depois, estava surtando e ouvindo conselhos.

Há alguns tempos atrás eu me preocupava um pouco menos com arranhões na minha imagem. E por incrível que pareça, era nesta época que ela era mais inabalável. Daí passei a me preocupar um pouco mais, e os arranhões passaram a aparecer.

Mas por outro lado...

Há alguns tempos atrás eu procurava respostas loucamente, sem saber onde e como encontrá-las. Hoje elas aparecem assim, espontaneamente. E eu nem as procuro tanto, na verdade. Elas "fazem questão de aparecer", digamos assim.

Há alguns tempos atrás eu era menos fiel à minha vontade. Hoje eu me delicio, verdadeiramente, a cada passo dado e a cada tombo tomado.

A gente muda, é inevitável. Muda pra melhor e muda pra pior e isso é comum a todos os indivíduos. O que nos difere é o bom senso de observar a nós mesmos... e avaliar o que faz sentido e o que não faz.
O que é fiel ao nosso pensamento e ao nosso sentimento e o que não é.
O que é ser consciente e o que é ser impulsivo.
O que é ser simpático e o que é ser efusivo.
O que é ser legítimo e o que é ser palhaço.
O que é ser legal e o que é ser irritante.
O que é necessidade e o que é carência.
O que é ser corajoso e o que é ser imprudente.
O que é dar valor pro certo e o que é dar valor pro comum.
O que é seguir valores próprios e o que é segir valores tradicionais.
O que é admitir a humildade e o que é vangloriar-se de baixismo e pensamento pequeno.

Eu cometo inúmeros erros. Mas se tem um erro que eu nunca vou cometer é deixar de procurar a solução em mim mesmo e achar que a solução vem "de algum lugar". Não, ela não vem, ela raramente vem. Normalmente vem de dentro. Ao menos as soluções mais eficientes vêm de dentro.

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